Dra. Géssica Sabrine Braga Barbosa
CRM/SP 183124 • RQE 97376 • RQE 97375
Possui graduação em Medicina pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP (2016), residência médica em Clínica Médica pela UNICAMP (2019), residência médica em Nefrologia pela Universidade de São Paulo – USP (2021). Atuou como preceptora de residência médica em Nefrologia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (2021-2022). Possui título de Especialista em Nefrologia pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (2022). Doutoranda em Nefrologia, na área de Glomerulopatias, pela Faculdade de Medicina da USP/SP.
O Atendimento
O médico nefrologista é especializado em cuidar de pacientes com desordens renais. A atuação do nefrologista pode ser feita em quatro grandes cenários de doença renal:
- Doença Renal Crônica: Nesse cenário, o paciente apresenta alteração renal funcional ou estrutural persistente por > 3 meses. Nessa situação, o diagnóstico precoce e o tratamento são imprescindíveis para prevenir a progressão da doença renal. O acompanhamento deve ser feito em consultas frequentes com o médico nefrologista.
- Diálise: A perda acentuada da função renal leva à redução da produção de urina e ao acúmulo de elementos e toxinas que deveriam ser eliminados (por exemplo: ureia e potássio). Nessa situação, é necessário o suporte de diálise para que seja feita a filtração adequada do sangue e retirada do excesso de líquido. Nessa fase avançada de doença renal acentua-se também a perda da regulação hormonal de fatores envolvidos na saúde dos ossos e na produção de hemoglobina, levando ao distúrbio mineral e ósseo e à anemia, respectivamente. A diálise pode ser feita em clínicas especializadas ou em regime domiciliar. Em ambas as situações, o paciente deve realizar visitas mensais com equipe multiprofissional na clínica de diálise (médico nefrologista, enfermeiro, técnicos de enfermagem, nutricionista, psicólogo e assistente social).
- Transplante Renal: Pacientes que estão em diálise ou com perda acentuada da função renal mas ainda não iniciaram diálise podem ser submetidos ao transplante renal através da doação de rim. O doador de rim pode ser vivo ou falecido. A cirurgia de transplante renal é realizada por equipe de urologia especializada e o manejo do paciente pré e pós transplante é feito pelo médico nefrologista. Após o transplante renal, o paciente necessitará de medicações imunossupressoras para evitar a rejeição do órgão recebido e manter seu funcionamento adequado. O seguimento pós transplante deve ser feito de maneira rigorosa com consultas frequentes ao médico nefrologista.
- Injúria Renal Aguda: O comprometimento renal pode ocorrer de forma abrupta, com perda rápida de função renal decorrente de insultos agudos (por exemplo: desidratação grave, hemorragia, sepse, infarto, toxicidade, dentre outros). Esse cenário é presenciado principalmente em regime de hospitalização e pode ocorrer em pacientes com ou sem história de doença renal prévia. Em geral, pacientes com doença renal crônica e transplantados renais tem maior risco de injúria renal aguda sobreposta. Quadros graves podem necessitar de hemodiálise durante a internação hospitalar, sendo esta realizada majoritariamente em unidade de terapia intensiva. A depender do quadro clínico, a recuperação da função renal ocorre de maneira completa ou parcial, mas em alguns casos o paciente pode evoluir para necessidade de diálise crônica ou transplante renal. O médico nefrologista atua diariamente na avaliação e manejo de pacientes com injúria renal aguda através da visita hospitalar.